Desde 2004 o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve um trabalho de implementação de um foco teatral no bairro Bom Jesus, tendo percorrido diversos espaços. No entanto, foi no Centro de Educação Ambiental da Vila Pinto que a Tribo encontrou parceiros atentos ao projeto. Neste tempo, realizou os exercícios A Última Instância, A Comédia do Trabalho e A Questão da Terra, além de paradas de rua pela Vila Pinto e experimentos de Teatro de Rua.
Exercício cênico
YERMA
Dia 9 de agosto, quinta, às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont,
1186)
Dias 14 e 15 de agosto, terça e quarta, às 20h, no Centro de Educação Ambiental -
CEA/Reciclagem (Av. Joaquim Porto Villanova,143) na Vila Pinto no bairro Bom
Jesus
Yerma foi escrita por Federico García Lorca
(1898-1936) em 1934 e apresentada pela primeira vez no mesmo ano. É uma obra
popular de caráter trágico, ambientada em Andaluzia, no início do século XX.
Conta a história de um casal que segue, segundo as tradições de sua comunidade,
as prescrições cotidianas do casamento – o homem empenha-se no trabalho junto
ao gado e no cuidado com a terra, a mulher cuida da casa e do bem-estar do
marido. Yerma deseja, como única condição de felicidade, ter um filho; no
entanto, o tempo passa, a gravidez não vem e o desejo de outrora vai dando
lugar à frustração. Mais do que a questão da esterilidade ou da maternidade
frustrada, o que está superiormente expresso em termos poéticos e simbólicos em
Yerma é a tragédia de todos os que não conseguem realizar a sua plenitude vital
ou que veem definhar o seu potencial criativo, em razão da ignorância, do preconceito,
da repressão ou das forças desencontradas do destino.
Oficinandos: Alex Pantera, Geison
Burgedurf, Leticia Virtuoso, Lika Farias e Paula Carvalho
Exercício cênico A Comédia do Trabalho
Dia 16 de agosto, quinta, às 20h, no Centro de Educação Ambiental -
CEA/Reciclagem (Av. Joaquim Porto Villanova,143) na Vila Pinto no bairro Bom
Jesus
Em Tropélia, dominada por políticos
canalhas e uma elite gananciosa, o povo está sujeito a todo tipo de abuso. Os
poderosos são insaciáveis e nada fazem pela nação. Buscam apenas, com a ajuda
de experts estrangeiros, armar esquemas que lhes permitam explorar mais e melhor
os tropelianos. Léo e Créo, gêmeos banqueiros que devem bilhões de bagos (moeda
local), ganham, para sair do sufoco, a conivência do governo corrupto, que
enfiou o país em uma recessão aguda e causou o desemprego de milhões de
pessoas. Núlio, trabalhador demitido, vai suicidar-se, atirando-se do alto do
banco onde trabalhou por toda a vida. O suicídio vira uma comoção nacional.
Oficinandos: Alex Pantera, Geison Burgedurf,
Alessandro Muller, Lika Farias, Paula Carvalho e Leticia Virtuoso.
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