domingo, 29 de julho de 2012

Oficina Popular de Teatro do Bairro Bom Jesus




Desde 2004 o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve um trabalho de implementação de um foco teatral no bairro Bom Jesus, tendo percorrido diversos espaços. No entanto, foi no Centro de Educação Ambiental da Vila Pinto que a Tribo encontrou parceiros atentos ao projeto. Neste tempo, realizou os exercícios A Última Instância, A Comédia do Trabalho e A Questão da Terra, além de paradas de rua pela Vila Pinto e experimentos de Teatro de Rua.


Exercício cênico YERMA

Dia 9 de agosto, quinta, às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186)
Dias 14 e 15 de agosto, terça e quarta, às 20h, no Centro de Educação Ambiental - CEA/Reciclagem (Av. Joaquim Porto Villanova,143) na Vila Pinto no bairro Bom Jesus 
 
Yerma foi escrita por Federico García Lorca (1898-1936) em 1934 e apresentada pela primeira vez no mesmo ano. É uma obra popular de caráter trágico, ambientada em Andaluzia, no início do século XX. Conta a história de um casal que segue, segundo as tradições de sua comunidade, as prescrições cotidianas do casamento – o homem empenha-se no trabalho junto ao gado e no cuidado com a terra, a mulher cuida da casa e do bem-estar do marido. Yerma deseja, como única condição de felicidade, ter um filho; no entanto, o tempo passa, a gravidez não vem e o desejo de outrora vai dando lugar à frustração. Mais do que a questão da esterilidade ou da maternidade frustrada, o que está superiormente expresso em termos poéticos e simbólicos em Yerma é a tragédia de todos os que não conseguem realizar a sua plenitude vital ou que veem definhar o seu potencial criativo, em razão da ignorância, do preconceito, da repressão ou das forças desencontradas do destino.
Oficinandos: Alex Pantera, Geison Burgedurf, Leticia Virtuoso, Lika Farias e Paula Carvalho



Exercício cênico A Comédia do Trabalho

Dia 16 de agosto, quinta, às 20h, no Centro de Educação Ambiental - CEA/Reciclagem (Av. Joaquim Porto Villanova,143) na Vila Pinto no bairro Bom Jesus 

Em Tropélia, dominada por políticos canalhas e uma elite gananciosa, o povo está sujeito a todo tipo de abuso. Os poderosos são insaciáveis e nada fazem pela nação. Buscam apenas, com a ajuda de experts estrangeiros, armar esquemas que lhes permitam explorar mais e melhor os tropelianos. Léo e Créo, gêmeos banqueiros que devem bilhões de bagos (moeda local), ganham, para sair do sufoco, a conivência do governo corrupto, que enfiou o país em uma recessão aguda e causou o desemprego de milhões de pessoas. Núlio, trabalhador demitido, vai suicidar-se, atirando-se do alto do banco onde trabalhou por toda a vida. O suicídio vira uma comoção nacional.
Oficinandos: Alex Pantera, Geison Burgedurf, Alessandro Muller, Lika Farias, Paula Carvalho e Leticia Virtuoso.

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